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10 megatendências que vão revolucionar a cadeia produtiva da carne bovina – 2ª parte



5 – Pecuária consolidada com grandes players

Toda a transformação tecnológica, gerencial e empresarial irá cobrar um elevado preço àqueles que não acompanharem a evolução. Será um processo de seleção natural, em que metade dos pecuaristas de corte serão eliminados da atividade se não melhorarem seus padrões produtivos e gerenciais. As exigências produtivas em termos de quantidade, qualidade do produto final e meios de produção provenientes de um consumidor diversificado e exigente refletem em maior necessidade de investimentos e controle da produção, o que limita a atuação do pecuarista extrativista. Uma redução expressiva de produtores é prevista, em que apenas se manterão na pecuária de corte os verdadeiros profissionais do setor.


6 – Frigorífico: mais natural e com maior exigência de qualidade

Os frigoríficos terão que se adaptar a profundas mudanças em seu sistema produtivo e de abastecimento de matéria prima. Para atender um consumidor que exigirá produtos mais naturais, haverá necessidade de aumento das exigências na aquisição de matéria prima provenientes dos pecuaristas, com marcante demanda por avanço na qualidade de carne e exigências por sistemas de manejo sustentáveis, com ampla adoção de produtos biológicos e implementação rigorosa de bem-estar animal em suas propriedades. Tendência forte para atender o mercado externo, essa também será refletida no modo de consumo dos brasileiros, que se tornarão mais conscientes e exigentes quanto à aquisição de produtos cárneos.


7 – Carne com denominação de origem

O fenômeno que já ocorre em produtos mais sofisticados como vinho e queijo chegará cada vez mais forte às carnes. Pecuaristas e frigoríficos irão trabalhar fortemente em termos de diferenciação de cortes e processos produtivos em busca de geração de valor a seus produtos. A carne terá dezenas ou até centenas de denominações de origem, cortes e porcionamentos, para satisfazer consumidores exigentes e em busca de novas experiências gastronômicas. A integração do sistema produtivo com acesso digital ajudará muito nesse processo, o que também possibilitará maior transparência de todo o sistema. Cadeia produtiva da carne bovina: contexto e desafios futuros.


8 – Brasil, mega exportador de carne e genética

Nos próximos vinte anos o Brasil irá ocupar espaço cada vez mais relevante no mercado de carne e de genética bovina. Os avanços oriundos da introdução de biotecnologias e o amplo esforço de toda a cadeia em termos de produção sustentável, bem-estar animal e qualidade de carne criarão a base para tal crescimento. O país se destacará na exportação de genética, de animais vivos para abate, de cortes de carne e de subprodutos, atingindo, tanto mercados emergentes, como sofisticados. Consequentemente, as exportações de carne bovina terão maior expressividade, deixando de representar 20% das vendas de produtos cárneos e podendo atingir um montante maior do total comercializado nesse segmento, mesmo em um cenário de crescimento do consumo interno de carne bovina.


9 – Digital transformando toda a cadeia produtiva

A onda digital irá impactar toda cadeia produtiva da carne bovina. A maior transformação será no processo de distribuição, seja de insumos, gado ou da carne. Parte de intermediários serão ceifados do sistema. A relevância da qualidade e sustentabilidade crescerá via interação digital com o consumidor final. Nas propriedades, a gestão chegará a outro patamar com muita tecnologia embarcada, o que possibilitará eliminação de gargalos da produção. O mesmo fenômeno ocorrerá nos frigoríficos, onde robôs irão mudar a forma de processamento, impactando nos custos, na produtividade industrial e na qualidade do produto final.


10 – Apagão de mão de obra

Uma proporção de 84% da população brasileira já é urbana no Brasil. Essa tendência se acentuará. A forte injeção de automação irá reduzir esse impacto e alterará o perfil de pessoas necessárias na atividade. O maior desafio será qualitativo. Os enormes avanços tecnológicos, como a IoT, a maior complexidade do manejo, na busca de saltos produtivos, como a introdução crescente da ILPF, e o foco em gestão, exigirão profissionais capacitados e raros na pecuária.


Fonte: Forbes

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