Saída irregular de bois faz faltar animais para frigoríficos no Paraná
Com o fim da vacinação do rebanho contra febre aftosa, apenas animais para abate podem entrar pelo corredor sanitário no Paraná. Por isso, os frigoríficos paranaenses passaram a depender quase que exclusivamente da oferta local de bois gordos para o abate para funcionar.
O problema é que há uma saída muito elevada de animais para outros estados, em parte devido a uma irregularidade: os compradores colocam na documentação fiscal que se tratam de bezerros para engorda e não de animais prontos para abate. Com isso pagam preços menores e quase não recolhem impostos.
Antes do fim da vacinação, entravam por ano no Paraná mais de 100 mil animais para engorda ou abate e esse trânsito foi praticamente proibido. O resultado é que essa saída irregular que gira em torno de 50 mil animais anualmente é que está provocando escassez de animais na oferta local porque agora o estado depende só da sua produção interna.
A Secretaria da Agricultura e a da Fazenda já foram acionadas. Atualmente há o risco de muitas empresas diminuírem suas atividades ou mesmo deixarem de operar caso essa situação continue.
