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A pecuária brasileira corre risco?


Os Estados Unidos se preparavam para um dos melhores anos na pecuária em 2020. A demanda mundial por carnes é crescente e os chineses, os grandes compradores do momento, abriram as portas para os americanos no ano passado.Mas a pandemia gerada pelo coronavírus não só eliminou a possibilidade de crescimento do setor como trouxe um cenário de incertezas no mercado de proteínas. Os números são alarmantes: a produção de carne bovina é 35,4% inferior à de igual período do ano passado; a de suínos recuou 35%, e a de frango, 40%.

O avanço do coronavírus já fez três dezenas de frigoríficos americanos interromperem as atividades ou reduzirem o ritmo de produção. O resultado é uma escassez de carne no mercado, alta de preços e até controle nas vendas. O Brasil quer evitar que o cenário dos Estados se repita por aqui. É um desafio grande, mas representantes do setor julgam que seja possível.

O principal motivo dos desacertos na cadeia de produção nos Estados Unidos é a falta de mão de obra. Um número muito grande de funcionários foi afetado pelo coronavírus. Os que não foram estão temerosos em continuar a trabalhar. No Brasil, a doença já chegou aos frigoríficos, mas ainda em pequena escala. Dos 500 mil trabalhadores do setor de avicultura e de suinocultura, apenas 300 foram afetados, segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

Além disso, há um número maior de unidades frigoríficas no Brasil, que são menores e estão espalhadas pelo país, e elas estão com capacidade ociosa de produção. Outra vantagem brasileira é que o boi pode ficar no pasto por mais tempo, diferentemente do que ocorre nos grandes confinamentos dos Estados Unidos.

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