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Cresce o mercado ilegal de destilados durante a pandemia



O mercado ilegal de bebidas alcoólicas destiladas deve crescer 10,1% até o fim de 2020, em comparação com 2019. Isso representa 130,7 milhões de litros de álcool puro. Os números são da pesquisa Álcool Ilícito na América Latina — Modelo de Impacto da Covid-19, realizada pela consultoria Internacional Euromonitor, com dados compilados até setembro. Segundo o levantamento, durante a pandemia, houve crescimento em todas as atividades ilícitas relacionadas às bebidas, inclusive, contrabando.

Um dos fatores para essa elevação é que a evasão fiscal impulsiona o volume e o valor dos destilados ilícitos. Em 2017, a perda total com o mercado ilegal no setor de bebidas alcoólicas foi de R$ 10 bilhões. Em 2020, o crescimento mostrou-se mais significativo devido à mudança dos canais de fornecedores, pois muitos consumidores passaram a usar o comércio eletrônico para adquirir bebidas.

Outro fator é o aumento da desigualdade de renda no período pandêmico, o que diminuiu o poder de compra dos brasileiros, levando consumidores assíduos de bebidas a procurar produtos mais baratos. Os altos preços de destilados legais devem-se, segundo representantes do setor, aos altos impostos. O mercado ilegal, por sua vez, dribla a taxação e, por isso, oferece produtos abaixo do valor de mercado.

Outro problema é falta de penalidades mais duras para aqueles que operam no mercado ilegal. As sanções para os ilegais são brandas. É necessário que haja penas mais duras para aqueles que praticam esses crimes. Além disso, tem o controle de fiscalização. Há muito o que melhorar do ponto de vista de fiscalização de produção de bebidas alcoólicas no Brasil.

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