top of page

Blog Pratic

Derivados da tilápia vão de salsichas até gelatinas



Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveram novos produtos alimentícios a partir de resquícios da tilápia, o peixe mais cultivado do país, como gelatinas proteicas, salsichas, patês e embutidos do tipo apresuntado. Estas novas iguarias ainda não estão disponíveis no mercado, mas a Embrapa está procurando parceiros privados para levá-las aos consumidores.


O patê é preparado a partir da carne mecanicamente separada da tilápia, com adição de fibra de abacaxi. É de fácil digestão e pode ser oferecido ao público infantil e idoso, que precisam consumir proteína animal, mas têm rejeição ao pescado inteiro. Já a salsicha e o apresuntado possuem teor reduzido de sódio e não apresentam corantes em sua composição, sendo indicados para consumo em todos os públicos.


O objetivo da pesquisa é reaproveitar os resíduos que são perdidos durante a filetagem dos peixes. No caso da tilápia, que é o peixe mais cultivado no Brasil, a sua filetagem gera uma quantidade enorme de resíduos que ainda podem ser aproveitados no desenvolvimento de produtos como o patê, a salsicha e o embutido.


Estes resíduos são gerados porque as indústrias brasileiras priorizam os cortes mais procurados no mercado, como o filé, que representa 30% do peixe. Francisco Medeiros, presidente da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe Br), afirma que os 70% restantes são reaproveitados pelas indústrias, através da produção de farinhas, rações.


As indústrias hoje fazem diversos produtos a partir da tilápia, não só o filé. Para o consumo, temos a tilápia inteira, o contrafilé, a ventrecha, temos o filé de barriga, os empanados e a carne moída. As indústrias também aproveitam e exportam as escamas dos peixes. O restante é utilizado para a produção de farinhas, óleos e adubos para planta.


Segundo a Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), o Brasil exportou 35 mil toneladas de produtos de reciclagem de pescados em 2022 – que incluem est as mesmas farinhas, óleos, gorduras e outro resíduos provenientes do abate de pescados. Isto gerou uma receita de aproximadamente US$ 26 milhões.

Couro do peixe

Já pesquisadores do Grupo de Estudos de Produtos de Origem Animal da Universidade Estadual de Maringá (UEM) estudam a aplicação do couro de peixe na aplicação em vestuários e calçados. Um estudo publicado pelo grupo, intitulado “Qualidade de resistência de peles de Tilápia no Nilo submetidas ao curtimento com tanino vegetal”, concluiu que couros produzidos a partir de tilápia são resistentes à tração ao rompimento.


Fonte: A Tarde

Comments


Destaques
Veja todos os posts
Siga a Pratic
  • Grey Facebook Icon
bottom of page