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Menos produtos animais: bom para o clima, fome para milhões


Pesquisadores ambientais há muito elogiam os benefícios de se consumir menos carne e produtos animais, em vista dos benefícios não apenas para a saúde humana, mas também a do planeta. As emissões diretas e indiretas do setor pecuário – que inclui bovinos, caprinos, ovinos, suínos e aves – são responsáveis pelo equivalente a 7,1 gigatoneladas de dióxido de carbono todos os anos, cerca de 14,5% de todas as emissões causadas pelos seres humanos.

Mas não são apenas as emissões que se apresentam como um problema para o planeta: a criação de animais domina cerca de três quartos das terras propícias para a agricultura, polui a água e gera desmatamento, especialmente na floresta tropical da Amazônia. Certamente não faria mal ao mundo ocidental reduzir seu consumo de carne. Os europeus, por exemplo, consomem duas vezes mais carne do que a média global e cerca de três vezes mais laticínios. Mas a situação é completamente diferente no Hemisfério Sul.

Mais de 1,5 bilhão de seres humanos não podem se dar ao luxo de uma dieta que atenda aos níveis exigidos de nutrientes essenciais, de acordo com estimativas da FAO, e os animais fornecem uma fonte vital de proteína na forma de leite, carne e ovos. Um importante relatório sobre a fome mundial e as mudanças climáticas destacou a conexão entre gado, subsistência e terra. Nas áreas onde se vê a fome considerável, a pecuária é integrada à produção da fazenda: o gado cria estrume, que fertiliza o milho, que é consumido tanto pelo homem como pelo gado. O gado é uma peça-chave para manter este sistema.

A pecuária também permite que milhões de trabalhadores agrícolas, pastores e pequenos proprietários com acesso limitado à terra ganhem seu sustento. Esse suporte crítico, aliado aos benefícios nutricionais reconhecidos, tornam os animais parte importante dos esforços para eliminar a fome e a desnutrição.

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