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No verão, aumentam os casos de estresse térmico que comprometem a produção de leite



A chegada do verão e o aumento da temperatura ambiente geram grandes desafios para as fazendas leiteiras, uma vez que o calor intenso proporciona condições adversas a determinadas raças especialistas, como o Holandês, provocando respostas fisiológicas e causando o chamado estresse térmico, o que, consequentemente, prejudica a produção leiteira.


Vacas lactantes costumam produzir grande quantidade de calor e acumulam temperatura adicional vinda do ambiente. Assim, para fêmeas Holandesas ou Jersey em produção, temperaturas entre os 5°C e 15°C são ideais e confortáveis. Já ambientes com temperaturas acima de 25°C e com umidade maior podem iniciar o processo de estresse térmico e dificultar a dissipação do calor corporal. Importante destacar que algumas raças, como Gir Leiteiro e Girolando, suportam melhor o clima quente.


Os efeitos do estresse térmico não tardam a aparecer, podendo se iniciar entre 24h e 48h e já afetar a produção de leite. As altas temperaturas ativam o sistema termorregulador do animal, gerando maior demanda energética para mantença e disponibilizando menos energia e nutrientes para produção de leite. O estresse térmico causa, ainda, desbalanço no sistema endócrino, com alteração dos níveis de produção de hormônios, como a prolactina e a oxitocina, responsáveis pela produção e liberação do leite. Além disso, pode favorecer a incidência da acidose devido à menor taxa de ruminação e modificações metabólicas sanguíneas e aumentar a persistência do balanço energético negativo, agravado pela diminuição do consumo de alimentos. Há também crescimento dos casos de laminite e de problemas de casco, especialmente se as fêmeas passarem por períodos constantes de estresse térmico.


Para que os animais tolerem da melhor maneira possível os períodos de calor intenso, recomenda-se a utilização de sistemas de resfriamento, ventilação nas baias, camas, linha de cocho, e na ordenha; para vacas a pasto, a recomendação é oferecer sombra natural com plantio de árvores e sistemas de integração com floresta, além da utilização de sombrites artificiais. Em sistemas de confinamento tipo Compost Barn, é essencial um bom manejo e escarificação da cama na profundidade correta ao menos duas vezes ao dia. Estratégias nutricionais como a oferta de dieta fresca e equilibrada com níveis adequados de nutrientes, gordura vegetal para adensamento da energia na dieta de vacas de alta produção, além de oferta da dieta em horários mais frescos, incluindo fácil acesso à água, são práticas necessárias para atender as necessidades fisiológicas das vacas e assim minimizar os impactos do calor.


Fonte: AgroNews

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