Nutrição do animal é um dos aspectos fundamentais para o pecuarista
Um dos pontos importantes para a pecuária, de corte ou de leite, é a sanidade do animal, um cuidado que o pecuarista deve acompanhar de perto para manter a produtividade do rebanho. E um dos aspectos fundamentais é a nutrição de qualidade. De acordo com o Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Rio Preto, é importante esclarecer aos produtores rurais que, além de ser proibida a utilização de alimento conhecido como cama aviária ou cama de frango, há riscos para o rebanho.
A cama de aviário ou cama de frango, como é mais conhecida, é o conjunto do material utilizado para forrar o piso dos galpões de granjas, que pode ser de maravalha (raspagens de madeira), palha de arroz, feno de capim, sabugo de milho triturado ou serragem com as fezes, urina, restos de ração e penas que se misturam com esse material. O uso desse composto para alimentação de bovinos - com a inclusão de proteínas e gorduras de origem animal, inclusive resíduos de criações de suínos - pode colocar todo o rebanho em risco e é proibido. O produtor rural que descumpre a lei está sujeito à aplicação de sanções e penalidades, conforme legislação federal, estadual e ação do Ministério Público.
As contaminações, que podem ocorrer com essa alimentação são doenças como o botulismo, a salmonela e a Encefalopatia Espongiforme Bovina, que também é conhecida como doença da vaca louca. O botulismo é uma doença causada pela ingestão da toxina Clostridium botulinum, que pode ser encontrada no meio ambiente e causa paralisia muscular do animal, levando-o invariavelmente à morte. A doença conhecida como vaca louca pode ser transmitida através de uma proteína chamada prion, encontrada na farinha de carne e ossos de animais infectados, que é incorporada à ração de aves, além de soja, milho e sais minerais. Esse material pode estar presente na cama de frango, e ao ser adicionado na alimentação de bovinos, os animais são infectados.
A alta de preços de insumos que acompanham o dólar, além de o tempo seco que não proporciona a pastagem para o gado, impactou diretamente no caixa dos pecuaristas. O produtor rural deve procurar alternativas para a alimentação do gado. O pecuarista que trabalha com confinamento de bovinos tem muita dificuldade em fechar as contas da propriedade. Uma alternativa cada vez mais usada é o bagaço da laranja. Atualmente, o que está encarecendo bastante a alimentação são os concentrados com milho e soja, mas existem muitas opções de indústrias que oferecem bom custo-benefício para o pecuarista e dispõem de formulações para todas as idades dos animais.
Fonte: Diário da Região
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