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Requeijão moreno de Porteirinha está entre os queijos mais saborosos do mundo



O requeijão moreno produzido em Porteirinha, no Norte de Minas, está entre os queijos mais saborosos do mundo. A chancela foi dada pelos jurados do concurso mundial do queijo, o International Cheese Awards, que ocorreu em novembro, realizado durante a Expoqueijo Brasil 2021 em Araxá, Triângulo Mineiro. O Requeijão Moreno Toko conquistou medalha de ouro, na categoria Massa Fundida.


Toko comemorou o prêmio e viu na conquista mais uma oportunidade de valorizar o seu produto, fabricado há oito anos, numa agroindústria de pequeno porte que mantém na sua propriedade rural, a três quilômetros do centro urbano de Porteirinha. O prêmio é um reconhecimento à qualidade do requeijão, que mostrou-se um produto de qualidade, pois foi degustado e aprovado por mestres queijeiros. O produtor é atendido e acompanhado pela Emater-MG, empresa vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), desde que resolveu a se dedicar à atividade, resgatando um ofício dos bisavós maternos, que segundo ele já fabricavam requeijão moreno. O requeijão moreno é um produto típico do Norte de Minas.

Modo de produção

O requeijão moreno é um tipo de queijo artesanal, feito a partir de leite cru coagulado naturalmente. É um produto obtido da fusão da mistura de creme de leite com massa de coalhada dessorada (sem o soro) e lavada. Nos meios técnicos é considerado um queijo de massa fundida. De consistência firme ou de corte, é comercializado em barras. Como o próprio nome sugere, o requeijão moreno é amarronzado, com tonalidade que pode variar de mais clara a escura, dependendo do tempo de cozimento ou fritura do creme de leite usado para dar o acabamento final.


Desde que abriu sua agroindústria, o produtor vem se capacitando, investindo e melhorando a estrutura da queijaria. Sua produção diária é de 40 quilos de requeijão moreno. O concurso de Araxá não foi o primeiro a premiar o seu requeijão. Em 2019, ele ficou em terceiro lugar, com medalha de bronze, no 5º Prêmio Queijo Brasil, realizado em Florianópolis, Santa Catarina. Seu produto pode ser comercializado em toda Minas Gerais, porque possui registro no IMA, o Instituto Mineiro de Agropecuária, enquadrado como agroindústria de pequeno porte.


No momento, o requeijão moreno de Everson é comercializado em Montes Claros, Americana, Janaúba, Porteirinha e Belo Horizonte. Mas Toko sonha alto e quer colocar seu produto em todo o mercado brasileiro. Para isso, está em processo de adequação da queijaria para receber o selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA). E para alcançar esse sonho, Toko conta com o suporte constante da Emater-MG.


Ele já tem um cadastro provisório junto ao IMA, por possuir instalações e equipamentos mínimos que permitem fabricar o requeijão em condições higiênico-sanitárias e que garantem a produção de um alimento seguro. Ao final de dois anos, se ele fizer tudo de acordo com o que a legislação exige, obterá o registro definitivo da agroindústria, o Sisbi. Como o IMA tem equivalência ao Ministério da Agricultura (Mapa), o órgão mineiro pode conceder o Sisbi. Isso vai abrir portas comerciais para o Toko vender o seu requeijão moreno em todo país.

Regiões produtoras

A fabricação do requeijão moreno é uma tradição na região Norte mineira, principalmente em municípios da microrregião da Serra Geral. Também é muito produzido em municípios do Vale do Mucuri e Vale do Jequitinhonha, no Nordeste do estado.


Mesmo sendo o requeijão moreno um tipo de queijo artesanal, classificado como um queijo de massa fundida, feito de leite cru, coagulado naturalmente, ainda não existe uma região produtora caracterizada e reconhecida oficialmente pelo Estado, como já existe com alguns queijos artesanais de Minas. Futuramente pode ser feito um estudo, reconhecendo a natureza artesanal do produto e as características das regiões produtoras.


O requeijão moreno é considerado um alimento rico por seu valor nutricional, cultural e gastronômico, sendo muito apreciado com um bom cafezinho, nas regiões produtoras.


Fonte: Agrolink

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