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Séries Pratic #10: Nem todos os alimentos ricos em colesterol são iguais



Especialistas em nutrição enfatizam a importância não apenas de eliminar os chamados “alimentos ruins” de sua dieta, mas também prestar atenção ao que você está substituindo. Grande parte da controvérsia em torno dos efeitos das gorduras saturadas surgiu de um estudo que analisou o que acontece quando as pessoas reduzem essa ingestão sem considerar o que estão comendo. No estudo, a substituição da gordura saturada por carboidratos refinados, como açúcar ou pão branco, não mostrou nenhum benefício para a saúde. Mas, se for por outras gorduras mais saudáveis, aí sim haverá um claro benefício para a saúde.


Frutos do mar — principalmente camarões — podem ter um teor relativamente alto de colesterol. Só que mariscos e peixes são ótimas fontes de proteína magra para pessoas que comem produtos de origem animal, além de fornecerem ômega-3, essenciais e que o corpo não pode produzir por conta própria. Por isso, são bons substitutos para carnes vermelhas e aves.


Quanto à velha questão do ovo, alguns pesquisadores recomendam comer em torno de quatro ovos inteiros por semana —incluindo a gema, onde está quase todo o colesterol, junto da proteína. Outros não se mostram muito preocupados em limitar a ingestão de ovos para a maioria das pessoas, especialmente porque é uma proteína de alta qualidade, além de ser fácil de armazenar e preparar.

Padrões de alimentação saudável

Algumas pessoas deveriam ter mais cuidado com a ingestão de ovos e outros alimentos ricos em colesterol. Isso inclui pessoas com níveis de colesterol no limítrofe (mais de 200 miligramas), ou com outros fatores de risco para doenças cardiovasculares (como histórico familiar), e hipersensíveis ao colesterol da dieta (mesmo as quantidades regulares aumentam significativamente seus níveis de colesterol no sangue).


Pessoas com diabetes tipo 2 também devem observar o colesterol em seus alimentos e conversar com seus médicos sobre seus riscos. Para a maioria das pessoas, preocupar-se com o colesterol em determinados alimentos é menos significativo para a saúde do coração do que trocar os suspeitos usuais (carne vermelha, laticínios gordurosos, alimentos embalados e bebidas açucaradas) por mais vegetais, frutas, nozes, grãos integrais e feijões.


A meta-análise da American Heart Association de 2019 recomenda mudar o tipo de alimentação para enfatizar ingredientes não processados, como a dieta mediterrânea. É mais importante focar nos alimentos saudáveis ao invés de discutir os nutrientes individuais, como gordura saturada ou colesterol. A maioria das pessoas não vê os rótulos nutricionais dos alimentos que consome. Então, em vez de se estressar toda vez que for comer ovos, por que não incorporar mais verduras na sua dieta? Ou, se for mais atraente, comece adicionando frutas frescas da estação à sua sobremesa algumas noites por semana. Facilite os novos hábitos alimentares.


Fonte: CNN Brasil

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