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#Séries Pratic 15: Riscos da gordura trans ao organismo humano



Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), meio milhão de pessoas morrem, a cada ano, por causas relacionadas à gordura trans nos alimentos. Estudos clínicos em humanos estabeleceram uma associação entre a ingestão de ácidos graxos trans industriais e um maior risco para as doenças cardiovasculares.


Essa associação provavelmente é explicada por um aumento das concentrações de colesterol total e LDL (ruim), além de uma diminuição de HDL (bom) colesterol. Os ácidos graxos trans também estimulam a inflamação, o estresse oxidativo e um maior armazenamento de gordura no fígado, em detrimento ao tecido adiposo; portanto, são extremamente prejudiciais à saúde humana. Diante de todas essas constatações, vários países aprovaram leis que restringem a presença de ácidos graxos trans em produtos alimentícios. Atualmente, mais de 28 países já adotaram regulações obrigatórias para diminuir ou eliminar o consumo de gordura trans industriais, alcançando 2,4 bilhões de pessoas (31% de cobertura global da população).


No Brasil, pelas novas regras da Anvisa, além da redução do percentual de gorduras trans nos alimentos industrializados, serão também banidos óleos e gorduras vegetais parcialmente hidrogenados. Essa última mudança está prevista para entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2023.

Saiba um pouco mais sobre as gorduras trans

As gorduras trans, tecnicamente conhecidas como ácidos graxos trans, são um tipo de gordura que pode ser encontrado de forma natural ou que pode ser produzido industrialmente. Alguns alimentos de origem animal, como carnes, leite, queijos e manteiga, já possuem esse tipo de gordura naturalmente, mas em pequena quantidade, tendo, em certos casos, alegações positivas para a saúde. O que é preocupante são as gorduras trans industriais. Elas prejudicam a saúde e são obtidas pelo processo de hidrogenação, uma reação química que converte um óleo em uma gordura com textura semi sólida com alto teor de ácidos graxos trans.


Apesar das consequências negativas à saúde, muitos fabricantes de alimentos como bolos e sorvetes fazem uso de um grande percentual de gorduras trans industriais para que esses alimentos tenham uma melhor textura e uma maior durabilidade. Contudo, o fato de que a maneira como esses alimentos são produzidos está prestes a chegar ao fim motivou os pesquisadores da UFLA a procurarem os substitutos para as gorduras trans


É importante notar que há alguns anos margarinas não são mais fabricadas com gordura hidrogenada, e sim com uma gordura que é modificada por outro processo - a interesterificação, um processo mais vantajoso em relação à hidrogenação, pois não produz o elevado teor de ácidos graxos trans. Por isso a informação ‘0% gordura trans’ contida nas embalagens desses produtos. Porém, pesquisas recentes apontam que há pontos negativos associados à ingestão desse tipo de gordura, não necessariamente ligados à gordura trans.


Além disso, é importante, na hora da compra, ficar atento aos produtos que dizem não conter gordura trans, pois eles podem vir grafados de outras maneiras. Por isso, os compradores devem observar se a quantidade de gorduras trans é igual ou inferior a 0,2 gramas por PORÇÃO do alimento: nesse caso, o fabricante pode declarar como ZERO na TABELA NUTRICIONAL, mas há presença da gordura. Assim, é preciso olhar atentamente a lista de ingredientes.


Fonte: UFLA

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