#Séries Pratic 27: As cartilhas sobre a instalação de queijarias artesanais
Os queijos artesanais de Minas já ganharam o reconhecimento do Brasil e do mundo por sua originalidade, tradição e qualidade, com diversas premiações em várias partes do mundo. É também um dos produtos que mais atraem o interesse de pesquisadores e admiradores estudiosos, apaixonados e intrigados pelas diferentes nuances que apresentam, de acordo com o seu terroir.
Nos anos recentes, a Secretaria de Estado de Agricultura Pecuária e Abastecimento, por meio das suas vinculadas Emater-MG, IMA e EPAMIG e com o apoio de valiosos parceiros, vem desenvolvendo relevantes ações de apoio ao setor dos queijos artesanais, com especial atenção à legislação voltada para as especificidades da produção artesanal, a prestação de serviços de assistência técnica com capacitação em boas práticas agropecuárias e boas práticas de processamento, certificação, incentivo à regularização sanitária das queijarias, inspeção sanitária e pesquisa aplicada às necessidades dos produtores.
A implantação de uma queijaria artesanal na propriedade rural deve buscar uma harmonização com a paisagem, o relevo, as construções já existentes e as vias de acesso à propriedade, à residência e às áreas de manejo do gado leiteiro. As cartilhas criadas pela Emater apresentam ilustrações específicas que podem orientar os produtores.
Em todas as propostas existe o ambiente para visitantes na parte frontal, dotado de janelas com vidro fixo, possibilitando que observem as áreas de processamento, salga e maturação dos queijos sem a necessidade de acessar o interior da queijaria, além de um balcão para exposição, degustação e venda dos produtos da propriedade. Também há uma área para a observação da sala de ordenha, atividade que costuma ser muito apreciada pelos visitantes.
Todas as implantações, volumetrias, coberturas e materiais de acabamento são sugestões meramente ilustrativas, com o objetivo de mostrar como as queijarias podem explorar seu potencial turístico e comercial, atuando como fatores de atração de visitantes à propriedade rural e incrementando as possibilidades de comercialização de seus produtos e serviços. As ilustrações de fachadas frontais apresentam sugestões de detalhamento externo e materiais de acabamento que podem ser utilizados nas queijarias para ampliar o seu potencial estético, comercial e turístico. São mostrados dois conjuntos diferentes de acabamentos e detalhes externos para cada opção de queijaria apresentada.
Materiais de acabamento interno
Alguns tipos de acabamentos devem obrigatoriamente ser utilizados na parte interna da queijaria, de acordo com a legislação vigente. São eles:
Piso industrial, impermeável e lavável, com alta resistência química a ácidos e bases e à abrasão.
Paredes com revestimento cerâmico em cor clara, impermeável e de alta resistência, preferencialmente até o teto (altura mínima 2,0 m e o restante em pintura lavável, cor clara).
Forros em PVC na cor branca, impermeáveis e laváveis, ou laje de concreto com acabamento em pintura lavável na cor branca. (Forro em madeira não é permitido)
Esquadrias em alumínio ou em PVC, laváveis e sem frestas, dotadas de telas externas removíveis e laváveis.
Bancadas de processamento em aço inox, fibra de vidro ou ardósia.
Prensa em aço inox para moldagem e dessoragem da massa, antes do processo de salga em salmoura.
Bancadas de maturação em madeira sem cheiro, aço inox ou fibra de vidro.
Iluminação artificial com proteção, para evitar acidentes, e com lâmpadas do tipo “luz do dia”.
Barreira sanitária, para a higienização das pessoas que entram, com lavatório para as mãos e lava-botas.
Materiais de acabamento externo
As cartilhas apresentam sugestões de acabamentos externos que podem ser utilizados na queijaria, para torná-la mais atrativa. A escolha das cores e dos materiais, no entanto, é livre para o produtor.
Paredes: Algumas opções são reboco rústico texturado, executado com areia grossa e/ou brita zero, com acabamento em pintura em tons quentes e terrosos; pedra filetada executada com material local e impermeabilizada; painel ripado em madeira envernizada; pedra almofadada com impermeabilização; revestimento sintético tridimensional, com acabamento em pintura ou natural; ou revestimento em tijolo maciço a vista, com acabamento em verniz fosco ou acetinado.
Cobertura: Telhado cerâmico, com telhas coloniais, em tom natural ou claro; pergolado em madeira, com cobertura em vidro ou policarbonato.
Pisos: Área de visitantes em pedra local ou porcelanato de alta resistência a tráfego.
Janelas: Fixas em alumínio anodizado natural ou em tons grafite, bronze ou preto.
Molduras para janelas: Em madeira envernizada; em pedra lavrada; em argamassa, com acabamento em pintura em cor contrastante.
Balcão de exposição dos produtos: Em madeira ou vidro.
Fonte: Emater
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