#Séries Pratic 32: O que são PRP, PPRO e PCC?
- Fabíola Dias
- 17 de nov. de 2021
- 2 min de leitura

O Programa de Pré-requisitos (PPR) define as condições básicas e as atividades necessárias para manter um ambiente higiênico ao longo da cadeia produtiva de alimentos. No programa são determinados meios adequados para a produção, manipulação e suprimento de produtos e alimento seguro para o consumo humano. Dependendo da empresa, pode receber um nome especifico como Boas Práticas de Fabricação, Boas Práticas de Transporte ou Boas Práticas de Armazenagem.
Com a identificação do PPR é definido o Programa de Pré-requisito Operacional (PPRO). Neste programa são identificados os perigos à segurança de alimentos no ambiente de processo com intuito de evitar qualquer tipo de contaminação. E para eliminar e prevenir o perigo é introduzida a etapa de Ponto crítico de controle (PCC).
Na ISO 22000 encontramos elementos essenciais para garantir a segurança de alimentos ao longo da cadeia, incluindo:
comunicação interativa;
gestão de sistema;
controle de riscos de segurança de alimentos através de programas de pré-requisitos e planos PCC;
melhoria e atualização contínua do sistema de gestão de segurança de alimentos.
Essa norma juntamente com a especificação técnica que detalham quais e como os programas de pré-requisitos devem ser implementados são necessárias para a certificação FSSC 22000.
Por que a ISO 22000 é tão importante?
No mundo inteiro, a segurança na produção de alimentos é considerada um assunto de muita relevância pelas implicações negativas que podem ser geradas devido à falta de padrões de qualidade dos alimentos.
A certificação da norma ISO 22000 envolve basicamente três pontos:
requisitos para as boas práticas de manufatura ou programas de pré-requisitos;
requisitos para o APPCC de acordo com os princípios do Codex Alimentarius;
requisitos para o sistema de gestão.
O formato da norma é o mesmo da ISO 9001 e da ISO 14001, tornando possível o desenvolvimento de sistema integrado de gestão baseado no risco. A ISO 22000 ajuda a empresa a adotar um sistema de gestão da segurança de alimentos que permita mitigar os riscos de segurança atribuídos aos seus sistemas e adequar as necessidades à área de negócio.
Vale ressaltar que as leis que regem o setor de alimentação são umas das mais rigorosas, tanto nacionalmente (ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária) quanto internacionalmente. Veja alguns dos órgãos internacionais:
FDA – Food and Drug Administration: Instituição responsável pela regulamentação da garantia da segurança de alimentos, dentre outros;
FSIS – Food Safety and Inspection Service: Responsável pela regulamentação da garantia da segurança de produtos cárneos, avícolas, ovos e seus derivados;
FAO – Food and Agriculture Organization;
IFIS – International Food Information Service;
USDA – United State Department of Agriculture;
União Européia – legislação européia sobre segurança alimentar, em toda a cadeia alimentar;
EFSIS – Credenciamento de empresas para exportação de carnes para a Comunidade Econômica Européia;
EurepGap – Global Partnershop for safe and sustainable agriculture.
E também as Normas Internacionais:
Codex Alimentarius – International Food Standards: normatização interncional de alimentos;
União Europeia – política de segurança alimentar;
Comitê Científico da FAO/OMS sobre aditivos alimentares;
Mercosul – normativas regidas para o mercado da América do Sul.
Se a empresa tiver interesse em ampliar seu mercado para fora do país, a ISO 22000 é o caminho mais rápido e gera credibilidade por parte dos órgãos e clientes internacionais.
Nosso último post discute a implantação da FSSC 22000. Não deixe de ler!
Fonte: VG Consultoria
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