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#Séries Pratic 40: Boi japonês wagyu já recebeu mordomias como beber cerveja e ganhar massagem



O país que sedia os Jogos Olímpicos também é o principal produtor da carne mais cara do mundo: o wagyu, que, no Japão, chega a custar, em média, US$ 1.000 o quilo. No Brasil, onde as carnes menos nobres já pesam no bolso do consumidor, o preço médio do quilo é R$ 600, mas também pode ultrapassar R$ 1.000. Uma das variedades mais famosa do wagyu é o Kobe Beef, mas, para garantir a autenticidade dela, o gado precisa nascer e crescer na província de Hyogo.


Toda a fama da carne do wagyu se dá por causa do tal marmoreio. É a gordura intramuscular, que dá um visual de mármore para a peça e responsável por sua alta maciez. O boi japonês também ficou famoso por conta das "mordomias" que recebia, como beber cerveja e receber massagem. Esse tratamento todo especial era muito praticado no Japão antigamente, mas não existe mais na maioria das fazendas e nem é mais visto nos grandes confinamentos do país.


Acreditava-se que a cerveja facilitaria a digestão do animal, ao provocar relaxamento, enquanto a massagem atuaria como drenagem linfática, ajudando na infiltração de gordura para a formação marmoreio. Mas nada disso tem comprovação científica. A maciez e o sabor únicos da carne são dados, na verdade, pela própria genética do wagyu. Basta dar as condições ideais para que o boi expresse a sua genética, o que significa, por exemplo, proporcionar uma dieta balanceada. O segredo está em uma alimentação rica em amido, pois é dele que o boi vai tirar energia para transformar em marmoreio.


Os grãos ricos em amido são milho, sorgo, arroz, trigo e a própria cevada. Alguns bois wagyu no Brasil, apesar de não beberem a "cervejinha" diretamente, se alimentam das sobras dessa indústria. O que alguns criadores dão é a borra que sobra do processo de fermentação da cevada porque é uma boa fonte de proteína, um excelente alimento para os bovinos. Já a massagem pode servir para dar bem-estar aos animais, mas, nas grandes fazendas, não é algo comum, diante do tamanho do rebanho.

Origem e chegada ao Brasil

O nome do animal vem de “wa”, que significa "do Japão", e “gyu”, quer dizer "gado". A sua origem vem de um boi que migrou da Europa para Ásia e foi introduzido no Japão para puxar arado nas lavouras de arroz. Em terras japonesas, os criadores fizeram diversos cruzamentos até chegar à raça atual.


Este gado chegou ao Brasil em 1992, através da dona de uma famosa marca de bebida. A Yakult trouxe a raça pura japonesa e até hoje está entre as maiores produtoras do país. Em sua fazenda em Bragança Paulista (SP), com mais de 200 hectares, a empresa tem, aproximadamente, 350 cabeças.


No Brasil todo, o rebanho chegou a 6.873 mil cabeças em 2020, alta de 11,8% em relação a 2019. Há somente 47 criadores no país todo, que ainda não conseguem suprir toda a demanda interna e, por isso, a carne também é importada do Japão e do Uruguai. O maior consumo ocorre em restaurantes, boutiques de carnes e hotéis.


Veja, no próximo post, as peculiaridades da carne wagyu.


Fonte: G1

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