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#Séries Pratic 45: Rastreabilidade de Alimentos



Rastreabilidade dos alimentos é uma ferramenta que não deve ser utilizada somente para cumprir as exigências da legislação, mas principalmente para que seja garantida a qualidade dos produtos ao longo de toda a cadeia produtiva, possibilitando agilidade e objetividade nas ações de correção quando necessárias.


Mas você sabe como funciona, na prática, esse sistema de rastreabilidade de alimentos? Você se lembra dos casos de pepinos contaminados com Escherichia coli na Europa, e dos morangos contendo agulhas na Austrália? Foram casos que chocaram o mundo e os consumidores exigiram esclarecimentos rápidos dos responsáveis.


Como caso recente, podemos citar a Doença de Haff, um caso de território brasileiro. A doença causa dor muscular intensa e escurecimento da urina e é causada por uma toxina ainda não identificada encontrada, principalmente, em frutos do mar. Ainda não há um tratamento efetivo para a toxina, até pelo fato dela não ser identificada. Por isso, a rastreabilidade de alimentos faz-se extremamente necessária.


Nesse contexto, podemos perceber como a rastreabilidade dos alimentos é importante. A rastreabilidade dos alimentos, além de uma aliada para a garantia da qualidade dos alimentos, também possibilita o aumento da confiança dos consumidores, que demandam cada vez mais informações sobre o que compram.

O que é e como funciona a rastreabilidade dos alimentos?

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o conceito de rastreabilidade pode ser entendido como a “habilidade de seguir a movimentação de um alimento por estágios específicos de produção, processamento e distribuição.”


Esse conceito é muito semelhante ao descrito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), que declara que “a rastreabilidade é a habilidade de se rastrear qualquer alimento por todas as etapas de produção, processo e distribuição até chegar ao consumidor final”.


Assim, os sistemas de rastreabilidade são indispensáveis para que o produto final seja monitorado desde a sua produção, passando pela indústria e pela cadeia de distribuição e comercialização até a sua chegada ao consumidor final. Ou seja, na prática, representa o registro das informações relativas às origens e aos destinos dos alimentos através de um código para cada lote produzido. Este código é único e vai acompanhar o alimento em toda a cadeia de produção e abastecimento, podendo ser consultado a qualquer momento por qualquer elo envolvido no processo.


Dessa forma, caso necessário, o procedimento de recolhimento (recall) de lotes com não conformidades (adulterações ou contaminações, por exemplo) torna-se mais preciso, seguro e ágil. A rastreabilidade dos alimentos deve ser executada por meio de um sistema que permita identificar os produtos sem equívocos. Geralmente são utilizadas etiquetas com caracteres alfanuméricos, código de barras, QR Code ou chips.


A Associação Brasileira de Automação é o órgão gestor da regulamentação, desenvolvimento e aplicação dos padrões globais de identificação de produtos aqui no país. No próximo post, vamos falar sobre a legislação relacionada à rastreabilidade. Acompanhe!


Fonte: Ifope

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