#Séries Pratic 45: Rastreabilidade de Alimentos: como implementar?
Para se implementar o sistema de rastreabilidade de alimentos, é necessário o uso de softwares especializados e/ou planilhas eletrônicas para armazenar as principais informações. É fundamental montar um documento que descreva detalhadamente cada item rastreável, isto é, tudo o que a empresa recebe, produz e despacha.
Matéria-prima
Registro do recebimento de cada matéria-prima, contendo:
a data do recebimento;
a quantidade;
o lote;
e a sua origem/fornecedor.
Deve incluir também o registro de não conformidades encontradas durante o recebimento, como variação na coloração do produto, embalagens danificadas, ou temperatura fora do padrão.
Produção
Registro do histórico da produção da empresa. Deve ser feito para cada tipo de produto que a empresa produz e deve incluir:
o dia da produção;
o lote do produto;
a quantidade produzida;
as matérias-primas utilizadas;
a identificação de seus lotes;
além de eventuais problemas que possam ter ocorrido no processo.
Destino
Registro do destino do produto. Deve incluir:
para quem foi vendido;
quais os produtos foram vendidos;
as quantidades vendidas;
e os números dos lotes.
Outras informações essenciais que devem ser registradas são a razão social e CNPJ da empresa e informações para contato, como endereço, telefone e endereço eletrônico.
Também é importante ter uma operação de certificação, que consiste em aplicar um conjunto de medidas que vão permitir a auditoria de um processo ou de um produto para atestar algo a respeito do processo de produção, do produto, da qualidade ou da origem do mesmo.
Nesse sentido, a norma ISO 22005 apresenta os princípios e especifica os requisitos básicos para o planejamento e implementação de um sistema de rastreabilidade de alimentos (e rações), para garantir a tipicidade, autenticidade, caracterização geográfica e/ou de produção e rastreabilidade em toda a cadeia de suprimentos.
Podemos destacar que a rastreabilidade, aplicada de forma automatizada, é rápida, precisa e confiável, e apresenta diversos benefícios:
Contribui para a gestão, pois permite gerenciar todas as informações das etapas e processos, possibilitando uma análise mais clara dos indicadores de sucesso, ajudando a analisar, por exemplo, os melhores e os piores parceiros de negócios;
Auxilia no controle de estoque, favorecendo a agilidade nos processos de transporte dos produtos;
Contribui para a segurança e qualidade do alimento, auxiliando a equipe de controle de qualidade na retirada de circulação de produtos em caso de uma situação potencialmente perigosa;
Aumenta o valor agregado ao produto, por exemplo, no caso de empresas que utilizam matéria-prima diferenciada, como os orgânicos, ou que estejam envolvidas em projetos bem vistos pela população, como os socioambientais ou até relacionados com questões religiosas, como os alimentos Kosher;
Atende às exigências do mercado, pois o consumidor final, empoderado das informações provenientes da rastreabilidade, conhece de onde vem e qual o caminho percorre o seu alimento “do campo até a mesa”, e passa a ter informações para avaliá-lo de acordo com suas preferências.
Atende ao disposto pelo Código de Defesa do Consumidor, que prevê que informações básicas e claras são direitos do consumidor para que ele tenha poder de escolha sobre aquilo que irá adquirir.
Ter um processo de rastreabilidade dos alimentos é benéfico para o produtor e fundamental para garantir a origem e a qualidade do produto. Assim, evita-se falhas no processo que possam causar danos à vida dos consumidores. Além disso, com consumidores tão exigentes e um mercado tão competitivo, é necessário que o profissional da área técnica esteja sempre atento aos temas que dizem respeito ao seu trabalho. E a rastreabilidade de alimentos a cada dia mais se torna um desses assuntos de extrema importância na indústria de alimentos.
Quer implantar a rastreabilidade na sua indústria? Fale com a Pratic!
Fonte: Ifope
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