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#Séries Pratic 47: Quais são os tipos de mastite?



Existem duas classificações principais para a mastite bovina: quanto à apresentação clínica da doença (mastite clínica ou mastite subclínica) e quanto à forma de transmissão do agente etiológico (mastite contagiosa ou mastite ambiental).


Quanto a apresentação clínica, a mastite pode ser clínica ou subclínica, dependendo de uma série de fatores, como o patógeno causador, características intrínsecas ao hospedeiro e ao ambiente.


A mastite clínica é marcada pelos sinais clínicos de inflamação no úbere (dor, rubor, calor, tumor e perda de função). O animal pode apresentar febre, anorexia, depressão e até chegar à morte. O leite pode ter alterações, como presença de coágulos e grumos.


A mastite subclínica, por sua vez, é caracterizada por não apresentar sinais clínicos visíveis no animal ou leite, apenas considerável aumento na Contagem de Células Somáticas (CCS). Esta é a forma de mastite mais frequente nas propriedades, muitas vezes passando despercebida pelo produtor e colaboradores.

Mastite contagiosa x Mastite ambiental

Em relação ao agente etiológico, a mastite tem sido tradicionalmente classificada como contagiosa ou ambiental, de acordo com o reservatório do patógeno (animais ou ambiente da fazenda, respectivamente).


A mastite contagiosa é causada por microrganismos presentes na glândula mamária e a transmissão para outros animais se dá durante a ordenha, seja pelas mãos do ordenhador ou pelo equipamento de ordenha.


Em geral, os patógenos classificados como contagiosos são mais adaptados à glândula mamária, tendendo a não causar sinais clínicos no animal, apenas aumento na CCS do leite da vaca infectada. Os principais patógenos contagiosos observados no Brasil são Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae.


Por outro lado, a mastite ambiental é causada por patógenos oportunistas presentes no ambiente das fazendas. Estes adentram o canal do teto quando o esfíncter está ainda aberto – principalmente logo após as ordenhas. São representados principalmente por bactérias como Streptococcus uberis, Staphylococcus coagulase negativos, outras espécies do gênero Streptococcus e coliformes (principalmente Escherichia coli), além de fungos e algas.


Contudo, a classificação da mastite e dos patógenos como ambientais e contagiosos vem sendo bastante criticada, pois, com o advento de técnicas moleculares, tem-se observado que a dinâmica de transmissão da mastite bovina é mais complexa. Resultados controversos a essa classificação têm sido obtidos, visto que grande diversidade genética entre as espécies tidas como contagiosas tem sido observada, tanto dentro de um mesmo rebanho como entre rebanhos diferentes.


Além disso, uma grande diversidade também tem sido vista em espécies classificadas como ambientais, permitindo uma maior adaptação ao hospedeiro e comportamento classificado como contagioso. Tudo isso coloca essa classificação tradicional em "xeque".


No nosso próximo post você vai saber como prevenir este problema. Não perca!


Fonte: Milk Point

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