Tipos de alergias alimentares
As alergias alimentares são reações originadas no tecido linfóide associado ao intestino, conjunto de células criadas pelo sistema imune para reconhecer e criar tolerância às proteínas alimentares que transitam pelo órgão. Elas ocorrem por conta de um erro nesse tecido que, por não ser capaz de tolerar certas proteínas, acaba desenvolvendo reações alérgicas como forma de alertar o sistema imune da presença do componente.
O conceito é diferente de outras reações como a intolerância à lactose ou a vermelhidão no rosto causada por bebidas alcoólicas, por exemplo. São reações que não passam pelo sistema imune. A intolerância é uma outra categoria porque consiste na incapacidade do organismo em digerir o alimento.
As alergias alimentares ainda se dividem em duas categorias: as mediadas e as não mediadas pela imunoglobulina E (IgE), uma categoria de anticorpos que está envolvida nas reações alérgicas em geral. A diferença se dá na velocidade em que as reações ocorrem e no envolvimento de outros órgãos. Uma reação mediada por IgE é, por exemplo, aquela em que minutos depois de comer um camarão, por exemplo, a pessoa alérgica sente coceira e inchaço na boca, mas também pode apresentar placas no corpo (urticária), falta de ar etc. Enquanto na reação não mediada por IgE, os sintomas são somente digestivos, e podem demorar dias para se manifestar, como, por exemplo, uma diarreia causada pelo leite.
Os sintomas das alergias alimentares podem ser divididos em quatro categorias, listadas em ordem de frequência:
Reações de pele: urticária (presente em cerca de 70% das reações), edemas (inchaços) na boca, nos olhos ou na glote;
Reações intestinais: vômito ou ânsia de vômito e cólica;
Reações respiratórias: falta de ar e rinite (mais comum em pessoas que já tem asma ou rinite crônica);
Reações anafiláticas: quando reúne mais de uma categoria ao mesmo tempo. Pode ser leve ou muito grave, como em um choque anafilático, proporcionando queda na pressão arterial, paralisação da respiração, e inchaço no rosto e na glote, podendo levar à morte. Porém, essa manifestação ocorre em uma frequência muito pequena.
FONTE: Alimentos sem mitos
Comments