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Uso de barba na indústria e em serviços de alimentação: pode ou não pode?



O tema é controverso por, pelo menos, dois motivos. O primeiro é a falta de regulamentação específica em muitos setores de produção e manipulação de alimentos sobre o uso de barba pelos manipuladores. O segundo é que as barbas voltaram à moda com toda a força, e obrigar sua retirada pode ser um problema.


A principal legislação da ANVISA sobre Boas Práticas de Fabricação para serviços de alimentação é a RDC 216, de 2004, da ANVISA. Ela estabelece, em seu artigo 4, que os manipuladores "devem usar cabelos presos e protegidos por redes, toucas ou outro acessório apropriado para esse fim, não sendo permitido o uso de barba. As unhas devem estar curtas e sem esmalte ou base. Durante a manipulação, devem ser retirados todos os objetos de adorno pessoal e a maquiagem."


No entanto, a RDC 275 da Anvisa, de 2002, que trata do Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos, estabelece em seu anexo II (check list de inspeção) o seguinte texto:

Asseio pessoal: boa apresentação, asseio corporal, mãos limpas, unhas curtas, sem esmalte, sem adornos (anéis, pulseiras, brincos, etc.); manipuladores barbeados, com os cabelos protegidos.

E, segundo o dicionário, a palavra barbeado significa “com a barba aparada ou rapada”. Assim, estar barbeado significa que o homem removeu completa ou parcialmente os pelos faciais. Isso pode incluir raspar completamente a barba, deixar apenas um cavanhaque ou manter uma barba aparada e bem cuidada.


A escolha de estar barbeado ou não é uma decisão pessoal e pode variar de acordo com as preferências individuais, estilo pessoal ou requisitos profissionais. E o importante aqui são exatamente esses últimos. A legislação do ano de 2002 descreveu o termo de forma pouco clara. O correto, para não ter duplo sentido, seria raspar a barba, ou seja, fazer a barba totalmente.

Não pode!!!!!

A regulamentação do uso de barba pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária) tem sido motivo de controvérsia. Embora as diretrizes para a higiene pessoal sejam estabelecidas, as regras específicas sobre o uso de barba não são claras, o que tem gerado interpretações divergentes por parte das empresas.


Enquanto algumas empresas adotam uma política de proibição total do uso de barba, outras permitem que os funcionários usem barba desde que sigam as diretrizes de higiene pessoal estabelecidas pelo MAPA. Essa falta de clareza tem levado a diferentes interpretações da lei e, consequentemente, a diferentes práticas adotadas pelas empresas.


Porém, embora não haja uma resposta definitiva sobre se o uso de barbas é permitido ou não, é fundamental priorizar a segurança dos alimentos produzidos. Existem estudos que indicam que barbas podem acumular mais bactérias do que a pele limpa, levando em consideração o impacto potencial na segurança de alimentos. Um pequeno estudo europeu descobriu que a barba do homem é mais repleta de bactérias patogênicas que a parte mais suja do pelo de um cachorro. Por isso, a Pratic recomenda: manipuladores de alimentos não podem ter barba!


Fonte: Adaptado de FoodSafetyBrazil

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