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Você alimenta corretamente o seu cérebro?



O cérebro é composto por dois terços de gordura, sendo que 20% são compostos pelo ácido graxo ômega-3 essencial, o ácido docosahexaenóico (DHA), que desempenha um papel crucial na função cognitiva.


Para nutrir o cérebro com todos os nutrientes essenciais sem depender de alimentos processados fortificados ou suplementos, recomenda-se a inclusão de alguns alimentos de origem animal na dieta, além da exclusão de ingredientes ultraprocessados, como carboidratos refinados.


Um estudo de 2019 revelou que níveis mais altos de DHA no plasma corresponderam a um risco reduzido de demência por todas as causas. As pessoas no quartil superior de DHA plasmático tiveram uma redução de 47% no risco de demência.


O problema é que os alimentos à base de vegetais não têm DHA, forçando a dependência exclusiva de fontes derivadas de animais para obter esse nutriente vital. Embora os vegetais contenham ácido alfa-linolênico (ALA) ômega-3, convertê-lo em DHA, essencial para o cérebro, é extremamente difícil, se não impossível. Outros estudos mostraram que níveis de DHA eram 31% mais baixos em vegetarianos e 59% mais baixos em veganos em comparação com pessoas que comiam carne.


Absorção ineficiente

Existem disparidades nutricionais entre os alimentos de origem animal e vegetal. Somente os alimentos de origem animal não lácteos, incluindo carne, frutos do mar e aves, fornecem todos os nutrientes essenciais em sua forma mais biodisponível.


Por outro lado, os alimentos vegetais não apenas carecem de certos nutrientes vitais, mas as formas dos nutrientes que eles contêm também podem representar desafios para o uso humano. Os alimentos vegetais contêm antinutrientes que impedem nossa capacidade de absorver nutrientes de alimentos derivados de plantas e animais. O fato de um alimento vegetal conter um nutriente não significa que possamos acessá-lo.


Por exemplo, grãos, feijões, nozes e sementes são ricos em fitato, um antinutriente conhecido por inibir a absorção de minerais essenciais, como ferro, zinco, cálcio e magnésio, observou ela. Esses minerais são essenciais para várias funções, inclusive a síntese de dopamina, a produção de neurotransmissores e o metabolismo energético, que são vitais para a saúde e o funcionamento ideal do cérebro.


Nossos olhos, cérebros e sistemas imunológicos dependem da vitamina A para sua função e estrutura. Embora os vegetais contenham carotenóides, que podem ser convertidos em retinol (a forma funcional da vitamina A) em um corpo saudável, esse processo de conversão é desafiador. As toxinas ambientais e as deficiências nutricionais podem impedir essa conversão, levando à deficiência de vitamina A, apesar do consumo de vegetais ricos em carotenoides, como cenoura, batata-doce e couve.


Encontrando o equilíbrio

As plantas funcionam principalmente como purificadores do corpo. Em seu estado natural, as plantas contêm compostos desintoxicantes que ajudam na remoção de substâncias químicas nocivas e toxinas acumuladas em nosso corpo. Entretanto, é essencial reintroduzir alimentos de origem animal após uma limpeza para evitar que o corpo se deteriore e passe fome, disse ela.


Isso não significa que se deva comer carne em excesso, pois isso também tem suas desvantagens. Algumas pesquisas associaram a ingestão muito alta e prolongada de proteínas animais – especialmente carne vermelha – à saúde cerebral abaixo do ideal. Entretanto, com moderação, a proteína encontrada em produtos de origem animal é essencial para a nutrição geral.


Fonte: Epochtimes

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