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Você gosta de miúdos de galinha?



Talvez para alguns a palavra miúdo queira dizer pequeno, mas aqui estamos falando dos miúdos da galinha, ou “pertences”, dependendo da região do Brasil. Esta história data de 8000 a.C., quando os nômades começaram a se fixar em algum local para criar os filhos, proteger os velhos, iniciar alguns plantios e criar animais, entre eles a galinha. Tudo indica que essa ave, pelo menos tal como conhecemos, é originária de galinhas vermelhas das florestas da Índia e da Indochina.


Da galinha, tudo se aproveita: seus cortes mais diversos, ovos, penas, ossos e até o canto do despertar do galo, que hoje é gravado no celular para acordar a turma mais cedo. Os miúdos? Com o início de abatedouros “legalizados” e o crescimento do consumo, as primeiras aves vendidas eram inteiras e vinham com um pacotinho com os miúdos. Por isso, alguns chamavam de “pertences” (coração, moela, fígado, pescoço, cabeça e pés) as partes que eram da ave e na época tinham pouco valor de mercado.


Com o aprimoramento da produção, surgiram os mais diferentes cortes, os embutidos, como salsichão e mortadela, e o aproveitamento dos miúdos ficou importante. O consumo do coraçãozinho para os brasileiros se tornou uma febre. Somos o maior consumidor do mundo, vendendo cerca de 5,86 bilhões de unidades por ano. Para se obter um quilo de coração, é necessário abater de 85 a 100 aves. Algumas pessoas condenam o consumo de coração, já que ele é rico em gordura e colesterol. Mas hoje ele é considerado o quarto item de valor agregado na comercialização de aves.


Mas nem só de coraçãozinho vivem os miúdos. Por aqui o coração é o preferido, mas o Japão compra muita moela e 30% da produção de fígado vai para o mercado externo. Outros 30% são vendidos no mercado interno e o restante faz parte na composição de rações para pequenos animais.


Se olharmos para os diferentes hábitos de consumo, podemos dizer que há quem tenha gostos “estranhos” e usam alguns desses miúdos quase como especiarias. Há receitas só com as cristas; os chineses adoram cabeças; as tripas secas, marinadas e fritas, são deliciosos aperitivos. A ponta da asa é uma iguaria para os asiáticos, que formam um bom mercado exportador. E você? Tem uma receita especial com miúdos de frango para nos contar? A Pratic quer saber!


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